“ÉTICA SELETIVA” O PENSAMENTO DO CLUBE MILITAR

08/05/2016 20:00

 

General Clovis Purper Bandeira
Editor de Opinião do Clube Militar - 03 de Maio de 2016
 
Na internet e outros meios de comunicação, urram os arautos da esquerda contra o breve pronunciamento feito pelo Deputado Jair Bolsonaro antes de votar na sessão da Câmara de 17 de abril, quando era julgada a aprovação ou rejeição do envio para o Senado do processo de impeachment da presidente Dilma Roussef.
 
O Deputado aproveitou seus poucos segundos para, em vez de saudar Deus, sua família ou seu reduto eleitoral, o que também é válido, lembrar a figura do Cel Carlos Alberto Brilhante Ustra, símbolo da luta anticomunista no país, recentemente falecido e vítima constante de processos e acessos histéricos da esquerda brasileira, aquela que considera justo lutar de armas na mão para instalar no país um regime comunista – chamam isso de lutar pela democracia – mas não reconhece ao governo de então o direito de defender-se contra seus ataques sanguinários.
 
Talvez o Deputado tenha se exaltado e sido agressivo em seu pronunciamento, mas daí a dizer que ofendeu a ética parlamentar vai uma grande distância. Afinal, os parlamentares gozam da prerrogativa de, no exercício de suas funções, o que era o caso, externarem suas ideias sem serem responsabilizados por isso. Essa liberdade de expressão, aliás, é o fulcro verdadeiro da imunidade parlamentar.
 
Por outro lado, houve deputados que aproveitaram os segundos anteriores ao voto para exaltar figuras nefastas da vida nacional, como Lamarca, o desertor traidor e torturador, Marighela, terrorista assassino e hoje nome de escola na Bahia, e Prestes, histórico comunista e revolucionário falecido em 1990, já no ostracismo político. Homenagearam até mesmo a memória da espiã controladora e amante de Prestes, Olga Benário, judia alemã e agente da KGB soviética, apresentada como heroína brasileira.
 
Contra esse tipo de homenagem, não se escuta uma só palavra, pois a imprensa amestrada ou comprada sabe que é politicamente incorreto criticar a esquerda, que é livre para fazer ou dizer o que quiser.
 
Há, ainda, a cusparada de Jean Wyllys em Bolsonaro, que passou em brancas nuvens, como se o decoro parlamentar não tivesse sido maculado. Se os papéis fossem invertidos, haveria enorme indignação e ameaças de toda ordem.
 
Trata-se de uma ética unilateral, distorcida e perversa, que permite tudo a uma das facções, enquanto a outra é patrulhada e silenciada, a não ser que se comporte de maneira agressiva ou escandalosa. Nesse caso, será criticada e ameaçada pela agressividade ou pelo escândalo, nunca pelo conteúdo real das declarações, que são irrespondíveis.
 
SOVIETES PETISTAS – GENERAL CLOVIS PURPER BANDEIRA
 
Chamado por um editorial do Estadão de "um conjunto de barbaridades jurídicas” e por Reinaldo Azevedo de “a instalação da ditadura petista por decreto, o Decreto 8.243/2014 foi editado pela Presidência da República em 23/05/14, tendo sido publicado no Diário Oficial no dia 26 e entrado em vigor na mesma data.
 
“Decreto”, no mundo jurídico, é o nome que se dá a uma ordem emanada de uma autoridade – geralmente do Poder Executivo – que tem por objetivo dar detalhes a respeito do cumprimento de uma lei. Um decreto se limita a isso – detalhar uma lei já existente, ou, em latinório jurídico, ser “secundum legem”. Ao elaborá-lo, a autoridade não pode ir contra uma lei (“contra legem”) ou criar uma lei nova (“præter legem”). Se isso ocorrer, o Poder Executivo estará legislando por conta própria, o que é o exato conceito de “ditadura”. Ou seja: um decreto emitido em contrariedade a uma lei já existente deve ser considerado um ato ditatorial.
 
Para o Dr. Ives Gandra, trata-se de um decreto ditatorial.
 
Em princípio, a coisa toda parece de uma inocência singular. Seu art. 1º esclarece tratar-se de uma nova política pública, “a Política Nacional de Participação Social”, que possui “o objetivo de fortalecer e articular os mecanismos e as instâncias democráticas de diálogo e a atuação conjunta entre a administração pública federal e a sociedade civil”. Ou seja: tratar-se-ia apenas de uma singela tentativa de aproximar a “administração pública federal” – leia-se, o governo – da “sociedade civil”.
 
O problema começa exatamente nesse ponto, ou seja, na expressão “sociedade civil”. Quando usado em linguagem corrente, não se trata de um termo de definição fácil: prova disso é que sobre ele já se debruçaram inúmeros pensadores desde o século XVIII.
 
Para o Decreto, contudo, “sociedade civil” tem um sentido bem determinado, exposto em seu art. 2º, I: dá-se esse nome aos “cidadãos, coletivos, movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”.
 
Muita atenção a esse ponto, que é de extrema importância. O Decreto tem um conceito preciso daquilo que é considerado como “sociedade civil”. Dela fazem parte não só o “cidadão” – eu e você, como pessoas físicas – mas também “coletivos, movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”. Ou seja: todos aqueles que, controlados pela extrema esquerda e pelo Ministério do Caos Social de Gilberto Carvalho, promovem manifestações, quebra-quebras, passeatas, protestos, e saem por aí reivindicando terra, “direitos” trabalhistas, passe livre, saúde e educação – MST, MTST, MPL, CUT, UNE, sindicatos, dissidências sindicais… Pior: há uma brecha que permite a participação de movimentos “não institucionalizados” – conceito que, na prática, pode abranger absolutamente qualquer coisa.
 
A Administração Federal está obrigada, desde o dia 26 de maio, a só permitir a colaboração de movimentos sociais, sejam institucionalizados, sejam não institucionalizados.
 
Mas que se entende por “institucionalizado” não se sabe, nem se decretou ─ seguramente não serão as associações civis que têm estatutos registrados em cartório. Na medida em que os sindicatos, os institutos, as Ordens (OAB p.ex.), as associações profissionais, os partidos políticos (com o perdão de Gramsci) etc. não são organizações de movimentos sociais, não pertencem aos grupos sociais que podem legalmente assessorar a administração federal – não pertencem à sociedade dita civil. A menos que estejam incluídos na palavra “coletivos” – mas ônibus também são “coletivos”…
 
A esse respeito, Reinaldo Azevedo é arrasador: Atenção para o truque, leitores! Tudo o que não é “institucionalizado é não institucionalizado”, certo? Vocês querem ver eu abarcar cem por cento da humanidade? Basta que eu me refira a “todos os corintianos e não corintianos” (fatalmente, todas as pessoas do mundo são uma coisa ou outra); a “todos os vegetarianos e não vegetarianos”; a “todos os admiradores do Bolero de Ravel e aos não admiradores”; a “todos os apreciadores de comida japonesa e aos não apreciadores”.
 
Dilma se dá o direito de definir o que é “sociedade civil” — são os movimentos sociais — que, na prática, ela transforma em instâncias da República não eleitas por ninguém. E cria mais milhares de cargos públicos, em todos os níveis do poder, cabides de emprego para os comissários e fonte de despesas de custeio na falida administração pública federal.
 
á tendo incursionado na área do Judiciário, com a criação da malfadada Comissão da Meia Verdade, um tribunal de exceção, ataca agora na área do Legislativo, criando órgãos não eleitos para discutir e aprovar leis.
Trata-se de uma forma descarada de golpe branco na democracia representativa. Com esse decreto, os petistas outorgam a si mesmos o poder permanente, eterno, já que a esmagadora maioria desses grupos é ligada ao PT.
 
O Decreto 8.243 reforma toda a Administração Federal, criando enorme estrutura burocrática paralela, conveniente aos que pretendem eternizar-se no poder. Há os “conselhos de políticas públicas”, que decidem sobre as políticas públicas e sua gestão.
Depois, as “comissões de políticas públicas”, em que a “sociedade civil” e o ”governo” dialogarão sobre “objetivo específico” dado pelo tema determinado para discussão.
 
Segue-se a “conferência nacional”, para debater, formular e avaliar “temas específicos de interesse público”. Note-se que essa “conferência” não cuida apenas de políticas públicas federais: poderá “contemplar etapas estaduais, distrital (sic), municipais ou regionais para propor diretrizes e ações acerca do tema tratado”. Quantos cargos para preencher com “cumpanheiros”!
 
Há uma “Ouvidoria”, que cuidará também dos “elogios às políticas e aos serviços púbicos prestados sob qualquer forma ou regime…”.
E há, finalmente, a “mesa de diálogo”, mecanismo de “debate e negociação com a participação de setores da sociedade civil (não mais “movimentos sociais”) e do governo diretamente envolvidos no intuito de prevenir, mediar e solucionar conflitos sociais”.
 
Convém prestar atenção às finalidades das “mesas de diálogo” que devem “prevenir, mediar e solucionar conflitos sociais”. A Justiça do Trabalho pode dizer “adeus” a uma de suas funções; os conflitos entre índios e proprietários de terra não irão mais à Justiça, mas passarão pela “mesa” que o resolverá, da mesma maneira que qualquer outro “conflito social”. Criou-se uma “Justiça” paralela.
 
Depois da “mesa”, temos o “fórum interconselhos”, que permitirá o “diálogo entre representantes de conselhos e comissões de políticas públicas… formulando recomendações para aprimorar sua intersetorialidade e transversalidade” (beleza!). Num arroubo de fato participativo, abre-se “consulta pública”  a qualquer interessado disposto a se manifestar “por escrito”…
Alega-se como amparo legal para esse golpe o Art. 1º, parágrafo único da Constituição, que reza: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
 
Atenção: o “exercício direto” do “poder do povo” se dá “nos termos desta Constituição”, na forma de “plebiscito, referendo e iniciativa popular”, conforme estabelece o Artigo 14. A Constituição brasileira não autoriza os “sovietes” de Gilberto Carvalho e de Dilma.
Felizmente, parece que o Poder Legislativo, alertado mais uma vez pela imprensa que o PT quer amordaçar, acordou e está reagindo ao ataque. Nove partidos já se pronunciaram sobre o assunto, na defesa das prerrogativas exclusivas da Câmara e do Senado.
 
Gen Clovis Purper Bandeira
https://clubemilitar.com.br/sovietes-petistas-gen-clovis-purper-bandeira/
 
 
 
 
 
REDE GLOBO CONTRADIZ SUA PRÓPRIA HISTÓRIA E FERE A SUA PRÓPRIA MEMÓRIA 
3 de Setembro de 2013 
 
LAMENTAVELMENTE, QUASE 5O ANOS APÓS AOS IDOS DE 64, A REDE GLOBO OFENDE A MEMÓRIA DE IRINEU MARINHO - EXÍMIO DEFENSOR DA DEMOCRACIA E CONTRA A IMPLANTAÇÃO DO COMUNISMO NO BRASIL CONFORME DECLARAÇÃO EM EDITORIAL DA ÉPOCA - Em 1984, Roberto Marinho, proprietário de O Globo, publica artigo em seu jornal declarando apoio ao Regime Militar desde o seu início em 1964 até o processo de abertura política: "Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada. 
 
Quando a nossa redação foi invadida por tropas anti-revolucionárias, mantivemo-nos firmes em nossa posição. Prosseguimos apoiando o movimento vitorioso desde os primeiros momentos de correção de rumos até o atual processo de abertura, que se deverá consolidar com a posse do novo presidente."  https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Globo Vejam prezados leitores, o desrespeito da Rede Globo para com a sua própria história. Aético é a Globo se insurgir contra os editoriais do Sr. IRINEU MARINHO. 
 
A troco de quê, ela (a Globo), está divulgando sua contradição. Talvez, seja por querer se transformar em veículo útil  aos ditames do FORO DE SÃO PAULO - ditames que defendem o Comunismo como forma de dominação e poder. Como é possível tanto desprezo pela nossa Querida Pátria ao macular a memória do Senhor IRINEU MARINHO, bravo defensor do movimento militar de 64. 
 
(Nota da ABMIGAer)
Quanto a matéria da Globo sobre sua contradição com a nossa própria história veja: 
https://oglobo.globo.com/pais/personalidades-comentam-projeto-memoria-9781819#ixzz2dpOwfMr8
Fonte: https://www.militar.com.br/modules.php?name=Blog&op=fetch_blog&blog_id=25898#.Vy_KIo1rjIU

O governo arrecadou de impostos até agora:

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